segunda-feira, 5 de maio de 2025

IMPREVISTOS PROVÁVEIS E COMPREENSÍVEIS (Loriene Ribeiro Silva)

Relato 2


     30 de abril de 2025 - Oficialmente o primeiro dia de estágio no ensino fundamental. De novo, mais imprevistos, aliás, estou começando a acreditar que isso acontece todos os dias. Já reparou que as coisas nunca acontecem exatamente como planejamos? Acho que isso é um lembrete do Criador para a gente não esquecer que somos humanos. Não somos máquinas ou robôs programados. Temos anseios, limitações e necessidades. Também temos criatividade e somos espontâneos, ou pelo menos deveríamos ser. Não foram só os imprevistos - como eu ter errado a parada de ônibus ou um dos professores ter faltado - que me lembraram disso. As crianças também o fizeram, mas de uma maneira muito mais interessante.

     Na chegada, elas sentaram-se no pátio e fizeram a acolhida; depois seguiram a professora até a sala. Nessa saída recebemos alguns olhares curiosos e acenos cordiais. Após alguns minutos, o professor Eduardo separou as turmas para cada estudante e, sinceramente, não pensei que ficaria tão ansiosa (ansiosa no bom sentido) a ponto de achar que meu coração fosse explodir. Thalita e eu ficamos com o 3° ano B e a professora Amanda nos recebeu muito bem. Me apresentei dizendo "Oi, gente! Meu nome é Loriene, mas podem me chamar de Lori.", "Eu vou te chamar de "Ló", respondeu uma menina que estava sentada bem na frente e que, mais tarde, descobri que se chamava Sofia.

      A aula então começou e o assunto era Adição. A diversidade de reações me surpreendeu: alguns estavam muito interessados e queriam acertar todas as perguntas; outros preferiram desenhar ou fazer cílios falsos com post-it; outros queriam dormir; outros queriam ajuda para fazer a atividade e outros não precisavam de ajuda. Depois, conversando com alguns, fiquei a par de outros aspectos: um menino queria ser jogador profissional de Freefire, uma menina gostava muito de desenhar, outra estava aprendendo Libras pelo YouTube e gostava muito de sushi e, ainda, outra garota achava muito injusto ter que ficar em sala quando era dia de Educação Física. Não é interessante como nenhuma pessoa é igual à outra? Nenhuma criança é igual à outra. Mais que um lembrete, um alerta de que as crianças também não são máquinas ou robôs programados. Elas têm anseios, limitações e necessidades, mas também são criativas e muito mais espontâneas do que nós adultos. Por fim, só conseguimos perceber isso observando, ouvindo ativamente e, principalmente, não tentando controlar até os mínimos detalhes. Isso nem é possível. Afinal, somos humanos! 

Bem, aconteceram muitas outras coisas que não estarão registradas neste relato, mas ficarão guardadas no coração. Por hoje, só posso concluir que foi um "primeiro dia" muito bom.

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