Relato 3
Na última quarta aconteceu nossa segunda visita de estágio à escola Alba Frota. Foi um dia intenso para mim, mas não vou usar este relato para reclamar, prefiro guardar meu pessimismo, até porque já passou e hoje é sexta feira. Sobre isso, apenas um adendo: essa intensidade a qual me refiro veio de coisas externas, não da experiência com as crianças. Bem, neste dia vieram mais crianças do que semana passada, então conheci novos rostos. A professora deu continuidade ao conteúdo de adição, passou a agenda, corrigiu a atividade de casa e passou uma de classe. Enquanto as crianças copiavam esta última, sentamos para falar do estágio e quando seriam as intervenções. Além disso, Thalita e eu ajudamos algumas crianças a fazer as questões e, na hora da correção, boa parte das crianças participava falando seus resultados, enquanto outras usavam esse tempo para desenhar, pintar ou passar gloss. Neste momento, algo me chamou atenção. Aconteceu de um garoto dar a resposta errada para o cálculo, ele falou bem alto e repetiu várias vezes. Quando ouviu que a resposta era outra, fez uma cara de confuso e depois continuou. Na próxima pergunta lá estava ele de novo, dando suas respostas em alto e bom som. Isso pode parecer muito simples - na verdade é simples - mas me fez refletir sobre os momentos que eu tive medo de errar e, nossa, foram tantos. Tem coisa mais normal do que o erro quando se está aprendendo? Mais uma vez, observar a infância é um belo de um lembrete de que somos humanos, não máquinas. Espero seguir aprendendo sem medo do processo. Se as minhas respostas forem erradas, que eu continue e aprenda. Eu só não quero parar por medo. O dia continuou com boas conversas, agitação pela aula de educação física e uma partida empolgante de handebol.
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