quinta-feira, 12 de junho de 2025

QUANDO A MÚSICA NÃO BASTOU (Emily Karoline Freire Gomes)

Cheguei ao estágio cansada, com muita enxaqueca. Assim que entrei, o aluno K veio me contar como foi a feira de ciências. Ele disse que foi legal, e aquilo me despertou de novo a curiosidade sobre o nome da professora (que eu ainda não consegui gravar, mas confirmei que não tinha escutado errado antes).

Depois do toque, percebemos que a professora ainda não havia chegado na sala. Então tivemos que levar os alunos. Até eles estranharam a ausência dela. Deixamos que conversassem, porque ninguém havia passado orientação para nós — só disseram: "levem eles para a sala". Eu olhei para minha dupla como quem diz: "É isso? Agora nos viramos?". Realmente não entendi muito bem o que fazer naquele momento.

Quando a professora chegou, veio bem alvoroçada. A turma, que já estava animada, ficou mais ainda. Ela costuma colocar uma música no começo das aulas para acalmar os alunos, mas naquele dia parecia que era ela quem mais precisava da música.

A turma teve vários contratempos comportamentais, principalmente dois alunos que acabaram sendo levados para a coordenação. Isso desorganizou o ambiente, e o conteúdo sobre doenças como malária e cólera não foi trabalhado com a intensidade que poderia.

Depois do intervalo, na aula de matemática, a turma continuava agitada. A professora tentou fazer a correção das atividades e percebeu que quase ninguém tinha feito a lição de casa — só três alunos fizeram. Ela comentou que não teria como passar a aula inteira corrigindo uma atividade que a maioria não fez, até porque eles precisavam adiantar o conteúdo para a prova da próxima semana. Então, conversou com eles, dizendo que isso estava acontecendo com frequência, que não era legal e que esperava que, na próxima semana, todos tivessem as atividades feitas para poderem tirar suas dúvidas e evoluírem.

Por conta do tempo, a professora propôs duas questões desafiadoras como tarefa. No entanto, algo que mais uma vez me chamou a atenção foi perceber que nem a página anterior, que também trazia atividades, havia sido realizada pela turma. Sinto que esse tem sido um dos maiores desafios: encontrar maneiras de motivar os alunos e lidar com essa dificuldade no cumprimento das tarefas. É importante lembrar que existem muitos fatores que influenciam essa situação, e que a parceria entre família e escola é fundamental para que o processo de aprendizagem aconteça de forma mais efetiva.

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