Mais uma quarta de estágio que começou, como sempre, comigo indo almoçar no RU. Mas acabei mordendo um pedaço de osso que deixou meu dente sensível e não consegui almoçar. Conversei com a Hanna que estava triste com o trabalho e comentou não ter almoçado também. Resultado: foi basicamente a quarta da pressão baixa! Passamos o primeiro tempo inteiro reclamando de fome.
Assim que cheguei, a Larissa me pediu ajuda para montar o painel e organizar a sala para a feira de ciências que aconteceria na quinta-feira. Enquanto eu montava o painel, que ocupava uma parede inteira, ela escrevia a agenda no quadro.
Como estávamos reorganizando a sala e as crianças ficaram mais livres nesse momento, a turma ficou bastante agitada. A Larissa tentava acalmá-las usando métodos, claramente inspirados em práticas freirianas, dizendo: "Quem fizer barulho, vai entrar um mosquito na boca." Rimos da situação e comentei que achei muito construtivista. Brinquei que, na minha época, diziam: "Lá na serra tem uma vaca podre, quem falar vai comer." Ela riu e respondeu que, se eu colocasse isso no relatório, ela negaria.
Acredito que, naquela tarde, várias turmas estavam preparando as salas temáticas para a feira de ciências, porque até o Infantil 5 (a sala da frente), que costuma ser bem silenciosa, estava bastante barulhento. Como a porta estava aberta, dava para ouvir os gritos da professora. Em tom irônico, e ainda na vibe da nossa conversa, a Larissa comentou: "Tá vendo?! Aqui todo mundo é freiriano... construtivista."
A Hanna se juntou a nós na decoração da sala e apesar de ser um momento de trabalho também foi um momento de descontração. Terminamos de organizar a sala ainda no primeiro tempo e a Larissa mostrou a sala para algumas professoras e comentou orgulhosa que eu e a Hanna éramos maravilhosas e tínhamos ajudado ela.
No segundo tempo, a professora comentou que, na próxima quarta-feira, as crianças farão a avaliação mensal de acompanhamento do nível de leitura e escrita. Ela já havia falado sobre essa avaliação e tinha explicado que as palavras são sempre novas e só são reveladas no dia. Porém, desta vez, parece que as palavras tinham vazado, o que deixou a Larissa indignada, porque algumas delas eram bastante difíceis para as crianças, como "fogueira" e "bandeirinhas".
Para trabalhar a familiarização dessas palavras com as crianças ela desenhou as imagens correspondentes na lousa e pediu que as crianças escrevessem o nome de cada uma. Elas tiveram bastante dificuldade justamente nestas duas palavras, escrevendo "bãodeirinhas" "banderias" e similares; o som do GUE também era difícil para as crianças.
No geral foi uma tarde bem tranquila, e agora estou curiosa para ver como será a próxima quarta-feira com essa avaliação das crianças.
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