Relato 8
Primeiramente, boa tarde e, caramba, já estamos no oitavo relato?! O tempo está voando e só de pensar que logo, logo vamos nos despedir das crianças, já fico com saudade. Elas são tão engraçadas e eu acho o máximo ver a personalidade de cada uma. A maioria só está nesse planeta há cerca de uma década, o que é relativamente pouco quando se fala de infância, mas já sabem de tanta coisa, têm tantas opiniões e ideias sobre o mundo. Definitivamente, elas não são uma folha em branco e, para mim, isso é uma das coisas mais fascinantes em relação às crianças.
Muito bem, quarta-feira foi uma loucura. Eu sinceramente me senti num episódio do Zorra Total ou num desenho maluco do Cartoon Network; eu até pensei em comparar com um filme do Tim Burton, mas não é para tanto. Para começar, eu cheguei bem atrasada. Quando entrei no 3° ano B, percebi que havia mais crianças do que o normal; realmente, a sala estava lotada e penso que cheguei bem perto de descobrir como um pão de queijo se sente dentro de uma Airfryer, porque o calor que estava fazendo era absurdo. Com isso, refleti sobre como a estrutura também impacta o aprendizado; imagine se a sala fosse espaçosa e climatizada? Seria algo a menos para se preocupar em meio aos cálculos, textos e provas.
Inclusive, as provas estão se aproximando, então aquela foi uma longa tarde de revisão. No primeiro tempo, o conteúdo é matemática; no segundo, educação física. Thalita e eu nos preparamos para realizar uma intervenção neste último, porém, uma iminente apresentação de teatro nos impediu de realizar a proposta. Só que acabou que não teve nem intervenção nem peça teatral. Não soubemos o porquê do cancelamento da apresentação; só continuamos na Airfryer... digo, na sala de aula, até o fim do dia.
Mas, apesar dos pesares, posso dizer que foi um dia bom. Recebi muitos abraços, apreciei os cartazes da feira de Ciências, participei de uma mini-batalha Pokémon, dei conselhos amorosos e fui advertida a não colocar o nome da minha futura filha de "Emília", pois é nome de "velha". Eu só vacilei por ter passado quase a tarde inteira chamando de "Benício" uma criança que se chama "Murilo", mas ele me perdoou, então vida que segue. Que venha o próximo episódio!
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