— Mestre, alguém já morreu nessa situação?
— Você está com medo de morrer agora?
— Sim, mestre.
— Não, ninguém morreu nessa situação.
Quando ouvi esse diálogo, eu soube que estava diante de um mestre. Quem senão um mestre seria capaz de perceber, para além da pergunta, a dor em quem a formulou?
Já faz mais de dez anos que presenciei essa conversa e ainda busco, como professor, desenvolver essa habilidade de percepção. Sem muito sucesso até aqui.
Lembrei muito disso durante os primeiros SOS Didática, em que junto com o prof. Valdinar e outri professori convidadi buscamos auxiliar pessoas que estão passando por situações didáticas difíceis. Após cada encontro, me pergunto: respondemos apenas as perguntas explícitas ou conseguimos também tratar da dor de quem questionou?
O feedback de alguns indagadores, que são mis alunis, indica que às vezes sim, às vezes não. E o exercício continua. Ainda tenho mais alguns SOS Didática este semestre para aprender a responder uma pergunta com maestria.
Nossa! Nunca tinha pensado sobre isso. De fato, é preciso entender o que vai além das palavras e do que os olhos podem enxergar.
ResponderExcluirÉ, Beto, pra mim também foi um "Nossa!". :)
ExcluirAlém da sensibilidade, vale também a empatia e isso eu sei que o Dedicatário tem expressado perfeitamente!
ResponderExcluirGostei do "Dedicatário". :)
ResponderExcluirOps! "Didaticário" kkk culpa do meu tradutor! Ou minha mesma por não ter conferido a escrita depois de postar rs. Estou aprendendo.
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