domingo, 10 de janeiro de 2021

A balança do dia a dia

Acordei e fui me pesar. 

Não consegui ver direito os dígitos na balança. Era como se eu estivesse sem óculos, muito sem óculos, mas eu não preciso de óculos para ver os dígitos àquela distância.

Percebi que estava com o lençol pendurado num dos ombros. Tirei o lençol. Mesmo assim, senti que estava pesando mais do que o normal. Apalpei meu corpo e descobri que estava com uma toalha enrolada no pescoço. 

— Uma toalha?! 

Me livrei dela.

Olhei novamente para a balança. Nada. O mesmo borrão do início.

— P*** m****!!!!

Tomei um susto e acordei de novo, deitado na cama. 

Da primeira vez, eu tinha acordado dentro de um sonho. Agora acordei fora do sonho.

Fui me pesar e consegui ver os dígitos claramente. 

— Ufa!

Emagreci trezentos gramas de ontem para hoje. A impaciência passou.

Moral da história? Nem tudo é Didática no dia a dia de um professor. Professores também acordam, sonham, voltam a acordar e fazem dieta. 

Moral da história para quem insiste que tudo é Didática na vida de um professor e ficou aborrecido porque veio ler um didaticário e leu um diário qualquer? Quando um professor está desbalanceado e impaciente, ele precisa acordar de verdade para deixar o sonho de lado e ver com mais clareza a realidade.


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