Ontem tratei dos três momentos da aula, mas existem também os três momentos do semestre.
Cada momento dura 4 ou 5 aulas.
No primeiro momento, eu começo a mostrar meu repertório didático. Muitos estudantes, futuros professores, educados com altas doses de aulas tradicionais, não têm imaginação didática. Não pensam que é possível ter aulas diferentes da exposição oral ou da discussão de textos. Então gosto de usar as primeiras aulas da disciplina para mostrar que existem muitas possibilidades de se dar aula.
No segundo momento, os estudantes já compraram a ideia. Está na hora deles colocarem a mão na massa e me ajudarem a realizar a disciplina. Até os estudantes que gostaram do primeiro momento expressam alguma resistência aqui: eles acham bom receberem aulas diferentes, mas muitas vezes não estão dispostos a participar do planejamento e da realização de aulas diferentes. Não tenho muitas expectativas nesse segundo momento. Se os estudantes perceberem a própria resistência a serem professores, e professores criativos, sinto que um passo importante já foi dado.
No terceiro momento, com a proximidade do final do semestre, retomo mais a condução das atividades. Até para os estudantes terem um alívio diante da sobrecarga de atividades das outras disciplinas. Aproveito esse último momento para experimentar atividades que poderei aproveitar num próximo semestre. É o momento em que me sinto mais livre.
Então são esses dois eixos triplos que uso para planejar meus semestres. É como um papel quadriculado sobre o qual desenho as experiências que quero viver com os estudantes.
De fato, ao iniciarmos a disciplina é que enxergamos o quanto estávamos alinhados à uma Didática positivista, teorética e pragmática. Depois, nossos ideais são alimentados por ideias e exemplos motivadores.Tão bom estudar Didática, e melhor ainda vivenciá-la da maneira correta
ResponderExcluirQue bom que foi a correta para você, Paulo Roberto. Mas existem muitas maneiras corretas de vivenciar o aprendizado de Didática. :)
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