— Luiza, como você prepara suas aulas?
Em 1993, eu esperava uma resposta técnica para as minhas dúvidas de estagiário.
— Eu ME preparo para as aulas — disse Luiza.
Tome!
Várias vezes, durante o tempo em que sou professor, redescobri a verdade dessa preparação de si mesmo.
Este semestre, ao planejar a metodologia do LAJE (Laboratório de Adaptação de Jogos para a Educação), me senti muito ansioso ao detalhar o plano. E ouvi aquela voz amiga:
— Não precisa esmiuçar tanto. Organize minimamente e divirta-se com os alunos.
Respirei fundo. E escutei Jorge Drexler cantando Cuando de pronto oí unas alas batir / Como si un peso comenzara a ceder / Se va / Se va / Se fue.
E me senti preparado.
Planejar aula, realmente, é uma das partes mais chatas da atividade professor, contudo, é tão necessário que ao deixar de lado o planejamento nos sentimos como se algo não estivesse "certo". Mas sabe que no fim acho que vale a pena.
ResponderExcluirVale o prazer, Beto!
ExcluirGrato por seu comentário: me inspirou a escrever o didaticário de hoje.
Querido didaticário,
ResponderExcluirDez, eu disse, dez minutos antes da aula começar eu planejava em forma de esquema tudo que diria nos 30 primeiros minutos de aula, ou seja, no input.
Às vezes eu me empolgava e falava sobre curiosidades acerca do assunto.
Aí o output durava menos. o retorno era leve. Eu gostava.
A empolgação é um poderoso recurso didático, Katia. :)
ExcluirPlanejar torna-se uma atividade obrigatória. Agora, é preciso saber lidar bem com as expectativas e possíveis desapontamentos.
ResponderExcluirExpectativa é uma palavra-chave, Paulo Roberto. Se pouca, não avançamos. Se muita, nos frustramos. Todo dia é o aprendizado desse equilíbrio. :)
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