Último semestre da faculdade, bolsa de pesquisa se encerrando, hora de procurar emprego. Bati na porta do colégio em que estudei por 10 anos.
Ainda inseguro com a História, ofereci minha Matemática. Após uma miniaula, o coordenador me contratou como professor de História mesmo. Entretanto, não posso atribuir todo o mérito à minha didática e ao meu excelente histórico como aluno do colégio. O coordenador tinha alguma amizade com meu pai, que me queria engenheiro, mas agora facilitava meu início de carreira como professor.
E lá estava eu, na sala dos mestres, conversando com meu ex-professor de Matemática:
— Só os bons alunos voltam como professor. Seja bem-vindo!
Eu ficaria encarregado de duas turmas de 8ª série, 60 alunos cada, adolescentes de 14 anos. As aulas eram no início da tarde, duas vezes por semana.
Estão curiosos sobre o salário? No rodapé do meu primeiro contracheque tinha a abertura do Salmo 23:
O senhor é meu pastor, nada me faltará.
Nas minhas primeiras aulas, fui do céu ao inferno. E vice-versa. Conto no próximo didaticário da série Como Me Tornei Professor...
Não tive a oportunidade de lecionar na mesma escola que estudei. Mas tive o privilégio de ser colega de trabalho de meus ex-professores. Sentia-me muito satisfeito em tê-los ao meu lado como meus amigos de profissão.
ResponderExcluirAcho que isso é um bom sinal para o último episódio do SOS Didática, Paulo Roberto. :)
ExcluirSerá, Eduardo?
ResponderExcluirSó o tempo dirá. :)
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