Não é que, ao mudar do bacharelado para a licenciatura em História, eu esperasse encontrar professores das disciplinas pedagógicas que fossem tão inspiradores quanto a Luiza, mas na primeira aula de Psicologia da Educação II, o professor apresentou um roteiro detalhado de todas as aulas.
Como assim? O professor já sabe tudo que vai acontecer?
E o inesperado? A surpresa? A aventura?
Nas aulas, líamos em pequenos grupos um capítulo de livro e respondíamos as perguntas da última página. Voltei aos meus tempos de 2º grau e dos manuais didáticos com exposição seguida de exercícios.
Mesmo se eu tivesse feito Psicologia da Educação III, IV, V, VI, VII... desconfio que jamais veria uma didática que tivesse qualquer coisa a ver com o discurso construtivista predominante.
Como professor, nas minhas aulas presenciais, alguns estudantes manifestam curiosidade a respeito do que acontecerá na próxima aula. Eu também tenho essa curiosidade, mesmo sendo responsável pelo planejamento. Ter alguma ideia do que vai acontecer me dá segurança. Não saber exatamente o que acontecerá me dá ânimo.
É como na escrita: você tem uma ideia, um pretexto, mas as palavras surpreendem e tecem algo inesperado. É como numa viagem: você compra passagens e faz reservas, mas os lugares e as pessoas viajam na maionese do seu roteiro.
Tenho uma tia-avó freira, a Pepeta, que diz que não foi à toa que Jesus repetiu bem-aventurados... bem-aventurados... A vida é uma aventura. E a educação pode ser uma boa aventura. A gente precisa se aventurar para ser bem-aventurado.
Gostei muito do que escreveu professor. Eu espero conseguir ser guia e consegui proporcionar uma boa aventura aos menus alunos.
ResponderExcluirGrato, Beto. Tenho fé de que você conseguirá. :)
ExcluirQue presente essa pérola da Pepeta! Eu sempre imaginava a bem-aventurança como um fluxo de rio, a partir de agora minha imagem mental ganhou um bem-aventurado barco... Gratidão.
ResponderExcluirBela imagem! :)
Excluir