Um colega do irmão da minha namorada precisava de reforço escolar. E como eu era bom em Matemática, fui dar aulas para ele. Foi a primeira vez que ganhei algum dinheiro como professor.
Lembro que estávamos numa mesa redonda da cozinha e eu tentava, sem sucesso, fazer com que o menino entendesse volumes. Olhei ao redor, sem saber mais o que fazer, e vi alguns remédios. Resolvi testar.
Mostrei, na caixa de remédio, aquilo que estava representado no livro didático: vértices, arestas e faces laterais. O menino, imediatamente, entendeu. E eu senti que levava jeito para professor.
Aqueles meus primeiros trocados, ganhos arduamente, me fizeram entender algumas coisas que guardo e procuro praticar ainda hoje: a importância do atendimento individualizado, o uso de materiais acessíveis e o valor da criatividade.
Como professor, procuro chegar mais junto dos alunos, uso livros apenas como recursos secundários, dou exemplos quando preciso explicar alguma coisa e recrio constantemente minhas aulas.
Compreendo, desde o começo e com o passar dos anos, que o aluno aprende melhor o que quer que seja se o professor continua aprendendo a ensinar.
Aprender a ensinar, talvez aí encontre-se a chave para que o professor ou professora possa aclarar os caminhos pedagógicos de seus alunos. Adelante!
ResponderExcluirSigamos tentando testar a chave na porta, Wagner. :)
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