Você já começou a procurar por uma coisa e acabou encontrando outra que estava ainda mais escondida?
Em 2020.1, criei o podcast Vozes da Didática, em que eu falava, cantava e recebia algunis convidadis. Após os primeiros episódios, percebi que meu grande barato não era produzir os áudios, e sim escrever os textos. Mas esperei até o final do semestre para encerrar o projeto.
Em 2020.2, decidi ficar só com o que era mais prazeroso: escrever. E iniciei este diário didático. Acordo e já começo. De manhã cedinho, com a cidade ainda espreguiçando e meus pensamentos envoltos em sonhos, me sinto mais livre para escrever.
A primeira parte da escrita, transformar as ideias em frases, é mais fluida. As palavras são todas bem-vindas, e eu não fico na porta perguntando identidade e CPF de cada uma. Deixo todo mundo entrar na festa.
Na segunda parte, mais crítica, preciso mandar pra fora quem está atrapalhando, por mais bonitinha que seja a palavra. Uma forma de identificar quem está perturbando é ler o texto em voz alta. Várias vezes. Palavras ou frases que obstruem a leitura precisam sem mudadas de lugar ou, na maioria das vezes, simplesmente expulsas.
Leitura após leitura, e são muitas, o que era difícil de falar vai ganhando ritmo, musicalidade. As últimas leituras são menos para corrigir alguma coisa e mais para usufruir da sonoridade das palavras.
Mas aí me deu vontade, vejam só, de gravar a leitura do texto final. Não mais como episódios de um podcast, mas simplesmente como um registro do som que essa festa de palavras toca em mim.
Buscando a fala, achei a escrita. E, dentro da escrita, a fala.
Vocês pode ouvir este diário aqui. E pode ouvir alguns dos diários anteriores, bem como os diários seguintes, aqui. Coloquei um link permanente do lado direito desta página.
Querido didaticário,
ResponderExcluirouvirei seus ditos quando estiver no trabalho, aí "mato dois coelhos com uma caixa d'água só"
Continue pedindo ID e CPF de todas as palavras.
As certinhas ficam contigo, as penetras expulsas e ilegais vêm pra minha festa
Que legal, Eduardo! Aplaudo as pessoas que se mantém firmes e determinadas suas decisões. Não precisava, mas obrigada por nós justificar o motivo da sua decisão.
ResponderExcluirGrato pela compreensão, Sol. :)
ExcluirUmas das grandes verdades,
ResponderExcluirParando para refletir, e perceber que as vezes estão sempre buscando palavras , falas bonitas e não nós permitimos desfrutar de todas as falas e palavras. Acredito que podemos usar todas para nós mesmo , assim podemos escolher e ver qual delas irá se encaixar melhor dentro do contexto que estamos tentando criar ...
O ato de usar e experimentar é livre !
É processo único, no qual você estará lapidando sua criação.
Sem privar o novo ou o desconhecido.
Que possamos ser livres em nossas criações, John Carlos. :)
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