Nós dávamos aulas para alunis que não nos consideravam loucos. Eu, Déa e Fabiano éramos formadores de artistas e produtoris culturais que se tornariam professoris de seus ofícios. Elis conheciam arte experimental suficiente para não se deixar abalar por professoris estranhis.
Numa aula de Introdução ao Estudo da Cultura, colocamos um sofá de brinquedo e duas perninhas soltas no centro da sala. Pedimos para is alunis sentarem as perninhas no sofá na posição que quisessem. Incrível o que se pode fazer com duas pernas quando estão livres do resto de seus corpos. Tiramos fotos dis alunis sorrindo e do curioso arranjo de pernas que cada um fazia. Depois conversamos sobre os variados aspectos culturais associados à experiência.
Nossa loucura era tão bem-vinda que nos inspirava ainda mais. Resolvemos escrever cartas contando como tinha sido cada aula segundo a nossa perspectiva. Is alunis se animaram com os relatos e algumis escreviam cartas em resposta, contando como tinham percebido a mesma aula. Pena que esses registros tenham se perdido entre papéis e disquetes pré-internet.
Tenho lembrado dessas cartas ao escrever o Didaticário. Até agora, falei de minhas experiências anteriores de ensino. Mas a partir de amanhã, com o início das aulas deste semestre, esse diário começará a ser povoado por outris personagins, vocês, mis novis alunis, que já têm dado vida a esse diário por meio de seus comentários.
Que tal você, aluni leitori, dar o próximo passo e não apenas ler e comentar, mas também escrever o Didaticário, contando experiências que tiver em seu dia a dia de estudante de Didática? No grupo de WhatsApp da turma, darei instruções sobre como você poderá fazer isso.
A loucura de um professor só se cura quando se encontra com a loucura de sis alunis.
Massa!
ResponderExcluirdeixar p comentar daqui um pedaço...
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