Deveríamos trocar homo sapiens por homo certiens. Porque já deve ter ficado claro que nós não sabemos muita coisa, mas achamos que estamos sempre certos.
Uma criatura que mata outra criatura, acha que está certa. E se descobre que está errada, e se arrepende, passa a achar certo ter se arrependido. Não tem escapatória: assassinos, loucos, publicitários, padres e até escritores de diários de didática, todos achando que estão fazendo a coisa certa. Não admira que o mundo seja essa loucura.
Já gastei muito pensamento matutando onde isso vai dar e minha mente só tem sossego quando escuta Caetano cantando eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem, apenas sei de diversas harmonias, bonitas, possíveis, sem juízo final.
Uma sala de aula com trinta, quarenta, cinquenta homines certientes é um microcosmo do mundo. Professores e estudantes com as mais variadas ideologias, credos, traumas e manias. Há que se procurar pelas harmonias possíveis, encontrar beleza nas diferenças e evitar julgamentos definitivos sobre o que é verdadeiro ou falso.
Além de se perguntar de vez em quando: Será que estou mesmo certo?
Partir da premissa que nunca está certo é o primeiro passo para a pesquisa. Te obriga a tentar de novo e quantas vezes forem necessárias.
ResponderExcluirE o qie é o certo mesmo?
Quem disse que isso é pra ser certo e aquilo não?
Quem ditou as regras?
Por quê resolvemos obedecê-las?
É, querido didaticário... certeza, nenhuma.Dúvidas, tantas...
É, Katia, temos mais pontos de interrogação do que qualquer outra coisa. :)
ExcluirÉ... às vezes me pego querendo ser o "sabe tudo", esqueço que sou tão ignorante quanto qualquer outro ser nesse pequeno mundinho chamado terra. Acredito que o mito de uma certeza conforta até um certo ponto, depois, bem... depois acho que continuamos acreditando nele porque é parte dessa grande farsa que rotulamos como realidade. Não gosto de pensar que posso morrer ao sair de casa, então, prefiro acreditar que vai ficar tudo bem. Sei lá... vai que um dia é isso mesmo. rsrsrs
ResponderExcluirÉ, Beto...
ResponderExcluirJá que não tem jeito deixar de achar que estou certo, tenho tentado pelo menos flexibilizar quando essa certeza se mostra inviável. Exercício cotidiano. :)
Pior que o certo e o errado é nossa surdez em não aceitar o certo ou errado dos outros. Meu sentimento hoje é de revolta.
ResponderExcluirRe-voltando, voltando de novo para onde, Sol?
ExcluirBoa tarde prof Eduardo e coleg@s Provérbios 18:17 diz: O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina.Hoje procuro respeitar os vários pontos de vista, mas procuro deixar registrado o meu e sempre procurar fontes verdadeiras que o reforce.
ResponderExcluirÉ uma boa postura, anônimi. :)
ExcluirA única certeza que tenho é a de não ter certeza de nada, e assim vou aprendendo a cada dia mais.
ResponderExcluirÉ por aí, Ádina. :)
Excluir